Vicio.
No abstrato indecorável
Que se renova com os dias
E que não traz sossego
Não acalenta e não permite.
O sono que revigora a alma
Se distancia e não me abraça
Tão importuno e tão sem forma,
Ou talvez de todas as formas,
Que se redesenha a cada vista
Mas nenhuma apresenta oque procuro
A arte de se manter a postos
Por aquilo que me subtrái
Em tantas partes diferentes
Que explicar a si mesmo
Perde a total naturalidade dos blocos
Que só as vezes
Chamo de eu
Sem a forma desejada
Ou de pensamento apropriado
Com sorrisos descalços
Me chamo de abstrato.