terça-feira, 10 de outubro de 2023

#138

Ah chuva. . . 
Sinto falta da época em que você
era uma garoa
Onde tempestade que me tira a paz
Derramava suas lágrimas em outras esquinas

Seus ventos que outrora traziam apenas assobios
Hoje trazem poeira aos olhos de quem
Admirava em silêncio 

Um medo da tempestade,
Das mazelas que trazes,
E do gosto amargo do tempo que passa

As vezes parece tão cedo

A nuvens parecem mais baixas
Pesadas como pensamentos
daqueles que não sabem onde devem ou oque devem

Existir meio aos muitos
Ser alguém em qualquer lugar
Deixar ecoar vozes entre as vozes

Sem qualquer entendimento
Preenchimento de si só
E um pouco mais do só

A quem queremos enganar

Estamos em cima de um muro sem saber para onde cair
Estamos em toda parte
Meio a imperfeição de nossos passos

Somos e continuamos aspirantes
Da primeira garoa que vimos
Dentro do furacão que nos tornamos

Somos os sem palavras
Os que preferem os sorrisos
E que ainda tem medo dos furacões

Somos apenas aberrações vistas pelo lado contrário.



segunda-feira, 10 de julho de 2023

#137

Temos alguns minutos

Para nos refugiarmos em paz
No silêncio de nossa loucura
Constante e bem-vinda

Minutos de um refrigério inexistente
Que abraça e nos conforta
E que nos destrói em silêncio

Onde não podemos dizer
Mas sentimos pela frequência
Que por vezes...

Alta 
Às vezes baixa

Elas não nos levam sempre ao mesmo lugar
Mas os mesmos lugares nos encontram
Nestes, nem sempre se encontra o silêncio

Mas os pedaços sempre são encontrados por onde outrora
Passamos

Fugidos ou não
Do sim e do não
Sempre do não

Mas também quebramos
E quando nos encontramos
Nos perguntamos como estamos de pé?

Como chegamos aqui?
Como quebramos aqui?
E por que "aqui" é. . .

Tão importante para mim?

O sim toma a face do não
O não se entrega as variáveis da vida
E pelo sim, se transforma numa simples metáfora

Todos perdidos aqui.