Ah chuva. . .
Sinto falta da época em que você
era uma garoa
Onde tempestade que me tira a paz
Derramava suas lágrimas em outras esquinas
Seus ventos que outrora traziam apenas assobios
Hoje trazem poeira aos olhos de quem
Admirava em silêncio
Um medo da tempestade,
Das mazelas que trazes,
E do gosto amargo do tempo que passa
As vezes parece tão cedo
A nuvens parecem mais baixas
Pesadas como pensamentos
daqueles que não sabem onde devem ou oque devem
Existir meio aos muitos
Ser alguém em qualquer lugar
Deixar ecoar vozes entre as vozes
Sem qualquer entendimento
Preenchimento de si só
E um pouco mais do só
A quem queremos enganar
Estamos em cima de um muro sem saber para onde cair
Estamos em toda parte
Meio a imperfeição de nossos passos
Somos e continuamos aspirantes
Da primeira garoa que vimos
Dentro do furacão que nos tornamos
Somos os sem palavras
Os que preferem os sorrisos
E que ainda tem medo dos furacões
Somos apenas aberrações vistas pelo lado contrário.