terça-feira, 25 de setembro de 2012

#44

Sementes não nascem em pedras...

Quem sois vós
Para que apague sem piedade
Os sonhos daqueles que sonham?

Que vontade é essa
Que dizima a diferença
Só por ela não ser igual?

Que desejo é esse de defender
Fazendo com que o outro,
Não veja mais a luz do sol ou
O belo brilho das estrelas?

Quanto egoísmo...

Que parece com suor que escapa de você
Mas que por sua vez...
Só lhe fazem bem

Ah, se você soubesse
Como as palavras
Sejam grandes, sejam pequenas

Ainda me tiram a vida...

O amor não é feito de egoísmo
O amor não é amigo do ódio
O amor...

É  a convicção de que o outro
Voltará mais e mais vezes
Somente para mostrar-se
E amar...

Como aqueles que vivem
E por si só
Respiram o bem que aprenderam

Assim como lhe foi ensinado

Mas se por acaso do acaso
Estas palavras forem meras mentiras
Ou apenas escritas em vão

Acredito eu
Que não existe um por que
Para amar ou ser amado.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

#43

A música acabou de começar

Agora faça silêncio
E simplesmente, me deixe descansar
Pensar um pouco

Não há como sintonizar-me agora...

Há muito barulho a nossa volta
Muito desperdício fugindo de nós
E o foco se perde

Não deveriam existir tais momentos...

Palavras as vezes escapam
Assim como olhares e pensamentos
E mais que isso...causam dor...

Não existe um porque

Mas se sim
Eu juro que jamais procurarei
Tais acidentes inúteis

Assim como arranhões
Mas prefiro acreditar
Que não precisamos deles

...ao menos para sempre...

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

#42

 Difícil...

Mas tente equilibrar os pensamentos
E manter estável sua fé
Voe se por ventura conseguir

Esqueça por um segundo
O chão debaixo dos seus pés
Torne o seu mundo inabitável

Fique longe das cinzas
Finalmente respire vida
Longe daquilo que você criou

E mantenha-se subindo...

Encontre-se no azul ou no verde
Ou quem sabe, desta vez
Permaneça flexível

Há tanto dentro de nós
Que mal sabemos como começar
E as vezes como continuar

Respirar não é uma opção
Talvez sorrir sim, mas chorar
Algumas horas torna-se inevitável

E aquele espelho
Se quebra...

E então, começamos novamente.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

#41

Acho que foi ontem...

O mundo girava tão devagar
Com seus altos e baixos
Com suas grandes ondas a nos assustar

Que pulávamos muros
Altos e bem planejados
Com seus espinhos pontiagudos

Mas esses perigos
Só nos levavam a tentar
Até aprendermos a viver

Mas com o tempo
Parece que desaprendemos...

A paciência se esvai
Os sorrisos amadurecem
Aprendemos ser "flexíveis"

E o verdadeiro significado das lágrimas...

Viver e morrer
Se torna algo cada vez mais simples
Como o abrir e fechar dos olhos

Mas nos permitimos...

E terminamos por aprender mais
Quem sabe, até aprender a ser pacientes novamente
Pulando muros ou subindo em árvores

Assim como no início...