Um homem que desenhava
A vida como bem imaginava
De forma irônica e às vezes torta
Com rabiscos que só ele conseguia entender
As telas e seus incontáveis
Desenhos e esboços
Diziam tudo oque queria
De amores às mais profundas dores
Das cores aos singelos abismos
Onde às vezes se encontrava
Que por fim se fazia tão normal
Algumas de suas obras
Demoravam a ser terminadas
Muitos detalhes, muitos rabiscos
As pontas dos lápis e pincéis
Já faziam parte do desenhista
Que por sua vez crescia
Talvez longe dos olhos ideais
Daqueles que deveriam enxergar
Que possuíam a tal sensibilidade
Que entendiam que cada pedaço de ponta que se desfazia
Era uma parte do desenhista que se desfazia
Que morria para dar vida
Suas pinturas brilhavam em seus olhos
Parecia que se copiavam dali para as telas
De uma forma mágica e inusitada
Para ele era algo tão normal
Que sua vida já possuía todo sentido
Fosse rabiscando ou colorindo
Sentado ao chão com seus velhos trapos
Com seu cão que estava sempre ali
Com suas mãos que não paravam
Ainda com muito para dar
E ainda com muito morrer.
...eis que só precisamos de alguns minutos para mudarmos por completo as nossas vidas...
quarta-feira, 18 de dezembro de 2013
domingo, 24 de novembro de 2013
#70
Brincando com palavras
Mas acho que não é para mim
Talvez você diga que sim,
Mas não vejo bem assim
Imagino que as palavras devem voar
Sempre soltas e livres
Felizes por assim estar
Pelos seus sons e formas
Conquistando do cego ao surdo
Do mudo ao leigo
Sem medo da simples existência
Tentar não por tentar
Mas por saber que sempre lá está
...Aqui, lá, acolá
Quem sabe num baú?
Tantas dessas ficam guardadas
Que mal sei como usá-las
Sorrisos, olhos, estrelas
Sempre estão à me guiar
Mesmo assim...
Parece que eu nunca chego...Aonde?
Lá naqueles adoradores
Adoradores de palavras perdidas
Que por alguns minutos
Esquecem que existem
Ou que ao menos fingem
Não morrer para si só
Pela dor desconhecida
Pela dor da ansiedade
E sempre pela dor de desejar
Pecados...
Pois contra nós
Os cometemos conscientemente
E por alguns minutos
De mera consciência
Nos entregamos uma vez mais
A palavras perdidas.
Mas acho que não é para mim
Talvez você diga que sim,
Mas não vejo bem assim
Imagino que as palavras devem voar
Sempre soltas e livres
Felizes por assim estar
Pelos seus sons e formas
Conquistando do cego ao surdo
Do mudo ao leigo
Sem medo da simples existência
Tentar não por tentar
Mas por saber que sempre lá está
...Aqui, lá, acolá
Quem sabe num baú?
Tantas dessas ficam guardadas
Que mal sei como usá-las
Sorrisos, olhos, estrelas
Sempre estão à me guiar
Mesmo assim...
Parece que eu nunca chego...Aonde?
Lá naqueles adoradores
Adoradores de palavras perdidas
Que por alguns minutos
Esquecem que existem
Ou que ao menos fingem
Não morrer para si só
Pela dor desconhecida
Pela dor da ansiedade
E sempre pela dor de desejar
Pecados...
Pois contra nós
Os cometemos conscientemente
E por alguns minutos
De mera consciência
Nos entregamos uma vez mais
A palavras perdidas.
sábado, 9 de novembro de 2013
#69
Somos santos e demônios
Morrendo sobre a mesma carne
E agindo da mesma forma
Com obras interminadas
Fazendo péssimas escolhas
Sobre mil pensamentos
Se pode maquiar oque quiser
Querer guardar só para você
Que só os céus conhecem
Seja bom ou não...
A verdade paira sobre o mar aberto
Ela fica escrita nos olhos
As marcas não saem da pele
E as palavras ditas...Não valem a pena
A alma sente a dor do desgaste
Das palavras que ficam ao vento
E que quase nunca se vão
Certa vez te pegam de jeito
Derrubam oque conseguem
E mais uma vez se guardam
Onde ficam os heróis
Às vezes olhando para o nada
Ouvindo seus pensamentos
Procurando suas raízes
Presas sabe-se lá aonde
Penso que possa estar
Talvez em rochas fortes
Mas podem estar em terra seca
Onde nenhum só se mantém
Com água ou sem
Com frutos mas sem
Onde qualquer ponto de vida
Que se diga vida
Faz viver mais do que se deve
Mostrando a força de quem quer
Com um último suspiro
Ir além do que se pode
No meu caso
Serão sempre as estrelas
Sempre os sorrisos
Pois se refazem a cada dia
E me regeneram dando vida
E levando a morte da alma
Para cada vez mais distante de nós e de nossos sonhos...
Morrendo sobre a mesma carne
E agindo da mesma forma
Com obras interminadas
Fazendo péssimas escolhas
Sobre mil pensamentos
Se pode maquiar oque quiser
Querer guardar só para você
Que só os céus conhecem
Seja bom ou não...
A verdade paira sobre o mar aberto
Ela fica escrita nos olhos
As marcas não saem da pele
E as palavras ditas...Não valem a pena
A alma sente a dor do desgaste
Das palavras que ficam ao vento
E que quase nunca se vão
Certa vez te pegam de jeito
Derrubam oque conseguem
E mais uma vez se guardam
Onde ficam os heróis
Às vezes olhando para o nada
Ouvindo seus pensamentos
Procurando suas raízes
Presas sabe-se lá aonde
Penso que possa estar
Talvez em rochas fortes
Mas podem estar em terra seca
Onde nenhum só se mantém
Com água ou sem
Com frutos mas sem
Onde qualquer ponto de vida
Que se diga vida
Faz viver mais do que se deve
Mostrando a força de quem quer
Com um último suspiro
Ir além do que se pode
No meu caso
Serão sempre as estrelas
Sempre os sorrisos
Pois se refazem a cada dia
E me regeneram dando vida
E levando a morte da alma
Para cada vez mais distante de nós e de nossos sonhos...
terça-feira, 5 de novembro de 2013
#68
Subindo em um balão
Sem rédeas, sem direção
Sem culpas ou perdão
Perdão por perder de vista
Toda vista que me deste
Mas já é hora de sorrir
Mais pelo eu, não pelo seu
Pois o que tens hoje é aquilo quizeste
E o meu é aquilo ainda quero
Seja lá o que for
E esteja onde estiver
É para lá que vou
Sem medo, sem dor
Com um suor de vencedor
Sendo apenas lutador
Com muita paz e quem sabe sem furor
As vezes com lágrimas
E algumas feridas
Que só o tempo pode curar
Pois isto se faz tão normal...
Viver e esperar, de esperança
Talvez um amanhã mais sorridente
E com um pouco mais de você
Desenhando sua vida
Com a alma e sem rascunhos
Sem magoar o amor
Que está a cada dia mais
Se despede em um balão
Que já se encontra bem distante
Entre nuvens e em pouco tempo
Nas estrelas...
Bem longe de nós...
Bem pertinho dos nossos sonhos.
Sem rédeas, sem direção
Sem culpas ou perdão
Perdão por perder de vista
Toda vista que me deste
Mas já é hora de sorrir
Mais pelo eu, não pelo seu
Pois o que tens hoje é aquilo quizeste
E o meu é aquilo ainda quero
Seja lá o que for
E esteja onde estiver
É para lá que vou
Sem medo, sem dor
Com um suor de vencedor
Sendo apenas lutador
Com muita paz e quem sabe sem furor
As vezes com lágrimas
E algumas feridas
Que só o tempo pode curar
Pois isto se faz tão normal...
Viver e esperar, de esperança
Talvez um amanhã mais sorridente
E com um pouco mais de você
Desenhando sua vida
Com a alma e sem rascunhos
Sem magoar o amor
Que está a cada dia mais
Se despede em um balão
Que já se encontra bem distante
Entre nuvens e em pouco tempo
Nas estrelas...
Bem longe de nós...
Bem pertinho dos nossos sonhos.
sexta-feira, 1 de novembro de 2013
#67
Sinais
Construindo antenas
Tentando captar ondas
Que mal consigo decifrar
Procurando em cada uma delas
Respostas que não encontramos
Nem no rádio e nem na TV
Respostas essas que talvez
Façam o total sentido
Ou que me enganem
Por mais algum tempo
Me pego a pecar
Contra a crença do que somos nós
E do que existe por trás dos bastidores
O que existe em baixo das palavras,
Das pessoas que as dizem,
Entender que não estamos perdidos
Esquecidos por nossas crenças
Tomados por nossos desejos
Errando contra oque está certo
Montando antenas erradas
Em lugares errados
E distante daquilo
Que realmente interessa
Que se traduz no desejo
De captar cada vez mais
Sorrisos perfeitos
Que não se enganam
Com aquilo que está a sua volta
Que seja puro por ser puro
Que não seja mais uma utopia da minha cabeça
Ou um pecado que faça deste fardo mais pesado
... Que torne estes lombos mais cansados.
Construindo antenas
Tentando captar ondas
Que mal consigo decifrar
Procurando em cada uma delas
Respostas que não encontramos
Nem no rádio e nem na TV
Respostas essas que talvez
Façam o total sentido
Ou que me enganem
Por mais algum tempo
Me pego a pecar
Contra a crença do que somos nós
E do que existe por trás dos bastidores
O que existe em baixo das palavras,
Das pessoas que as dizem,
Entender que não estamos perdidos
Esquecidos por nossas crenças
Tomados por nossos desejos
Errando contra oque está certo
Montando antenas erradas
Em lugares errados
E distante daquilo
Que realmente interessa
Que se traduz no desejo
De captar cada vez mais
Sorrisos perfeitos
Que não se enganam
Com aquilo que está a sua volta
Que seja puro por ser puro
Que não seja mais uma utopia da minha cabeça
Ou um pecado que faça deste fardo mais pesado
... Que torne estes lombos mais cansados.
segunda-feira, 7 de outubro de 2013
#66
Vamos pensar...que...
Nem toda ira parte pela manhã
Talvez parte desta,
Mas não enquanto seus olhos estiverem a sangrar
Não há desculpas
Por meias palavras desatadas
Que mal se entendem entre si
Mal nos entendemos diariamente
Mal sabemos o que ou quem
Estamos dispostos a ser
Nem mesmo os espelhos sabem
Você faz suas palavras,
Você destrói seu carma,
Você respira por você
Mesmo assim
Cada manhã diz por si só
E te mostra por onde deve começar
Seja com lágrimas ou não
Basta abrir os olhos
Para ter uma grande idéia
De como será o seu dia
E ao se levantar
Tudo pode se esperar
Seu mundo poderá girar mais rápido
Sua respiração ficar mais forte
E o coração bater mais rápido
O mundo poderá ganhar
Todo sentido existente
E em outra hora
Se transformar o pior lugar para estar
Seja num dia de sol
Ou de chuvas torrenciais
No cair das flores
Ou no nascer das mesmas
E logo se aprende que nem tudo pode-se explicar.
Nem toda ira parte pela manhã
Talvez parte desta,
Mas não enquanto seus olhos estiverem a sangrar
Não há desculpas
Por meias palavras desatadas
Que mal se entendem entre si
Mal nos entendemos diariamente
Mal sabemos o que ou quem
Estamos dispostos a ser
Nem mesmo os espelhos sabem
Você faz suas palavras,
Você destrói seu carma,
Você respira por você
Mesmo assim
Cada manhã diz por si só
E te mostra por onde deve começar
Seja com lágrimas ou não
Basta abrir os olhos
Para ter uma grande idéia
De como será o seu dia
E ao se levantar
Tudo pode se esperar
Seu mundo poderá girar mais rápido
Sua respiração ficar mais forte
E o coração bater mais rápido
O mundo poderá ganhar
Todo sentido existente
E em outra hora
Se transformar o pior lugar para estar
Seja num dia de sol
Ou de chuvas torrenciais
No cair das flores
Ou no nascer das mesmas
E logo se aprende que nem tudo pode-se explicar.
sexta-feira, 29 de março de 2013
#65
Aqui é bem alto
Consigo ver o mar e seus barcos
Pessoas e suas vidas
O vento e o seu destino
As águas dizem o que querem
Se mexem como bem entendem
Enganam como bem sabem
Não há um limite para o mar
Nem mesmo aquele imposto pelo homem
Que cada vez mais
Perde o seu espaço
Pobres homens que a cada dia mais
Pensam conquistar com suas próprias mãos
Toda a ilusão dada pela vida
Pobres de nós
Que quanto mais amaduremos
Mais pensamos estar corretos
Quem mentiu para nós?
Quem sabe o mar e seus barcos
Ou as pessoas com suas vidas.
Talvez até o vento e os seus destinos
Que leva as águas e seus barcos
Que direciona nossas vidas
Que está sempre livre e esquece de si
Fazendo do mundo algo tão pequeno
E sendo assim
Cada vez mais limitado
Até mesmo para nós
Que acreditamos em mágica
Em verdades e mentiras
E no quão distante podemos ir
Por nossas ilusões mal criadas
E até por sonhos mal sonhados
E logo mal entendidos
Talvez por estupidez
Por falta de equilíbrio
E por pura humanidade
Afinal, sempre precisaremos desta.
terça-feira, 26 de março de 2013
#64
Longe daqui
Toda a inocência
Que havia naqueles olhos
E que todos admiravam
Não se sabe onde
Ou como se perdeu
Mas sabe-se que já não está mais lá
Sua direção não é a mesma
E parece que o principal
Perdeu completamente o sentido
Um sentido de pureza...
O coração se abre para ferir
Com a pequena desculpa
Que não passa de uma grande mentira
Que justifica o simples
A inocência que fora roubada
Longe das palavras e olhares
Entregues a carne
Que sem controle algum
Entrega seus maiores segredos
.... .... ....
Será que nossas palavras
Ainda conseguem explicar
Tudo o que se passa?
Parece que perdemos
A essência daquilo que somos
E não conseguimos mais encontrar
Ou talvez estejamos procurando
Algo que faça parte de outro alguém
Mas não do que realmente somos
Maldita incerteza
Que pairava sobre nossas cabeças
E que nada diziam
Que apareciam de repente
Na exatidão do equilíbrio
E nos derrubava no mesmo chão
Malditas ideias
Que se apartaram de mim
E me fizeram esquecer
Aquilo que eu sempre fui
Ou ao menos
Deveria ser.
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013
#63
Onde fica aquela vontade de chorar
Que se esconde
Bem quando mais desejamos?
Que pode expressar
Com apenas uma lágrima
Tudo aquilo que desejamos falar
Que retém dentro de nós
Sentimentos que por vezes
Nos destroem ou nos dão vida
Feliz tristeza fria...
Onde foi aquele cuidado
Que acaba com a tristeza
De mais uma criança
Ou o amor
Que sem qualquer esforço
Afaga nossas almas
Sem desperdício de tempo
Sem palavras necessárias
E que trazem de volta
Felicidades sem limites
Onde é que fomos parar
Ou o que de fato nos tornamos
Ao fechar de nossos olhos
Temos tanto para dar
Temos tanta capacidade
Pois sabemos ser melhores
Sendo exatamente aquilo que somos
Mas por proteção
Mal enxergamos
Por sempre estar com olhos fechados...
domingo, 3 de fevereiro de 2013
#62
Hoje em especial
Eu não falo apenas de um sorriso
Mas daquele sorriso que por sua vez
Que completa o meu
Que me ajuda sempre
A ter um pouco mais de paz
E a sonhar de forma inexplicável
Que me faz feliz
Simplesmente por ser como é
E por acreditar naquilo que sou
Sendo ou não o louco que digo ser
A dona desse sorriso
Gosta do sol e da luz,
Do que é culto e de mim
Do calor humano
E da frieza que convém
Quando se deve ou se merece
Acredita na felicidade
E me dá uma chance de da mesma
Todos os dias...
Quando diz que me ama
Quando acorda ao meu lado
E sorri, dizendo coisas enroladas
Ou com a cabeça em meu peito
É difícil explicar como em uma vida só
Aprendemos e desaprendemos
A maior arte que poderíamos
Não apenas arte de guerriar
Mas a simples arte
De amar e ser amado
São 365 dias
Exatamente 12 meses
Apenas 1 ano
De sonhos, verdades e amor.
Obrigado..
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013
#61
Vivo neste lugar...
Onde as pessoas dormem de pé
Onde a cidade é vista em flashs
Onde a vida corre em círculos
A luz está sempre vindo
De encontro aos nossos olhos
E a paz é quase imperceptível
Muitas pessoas no mesmo plano
Muitos olhos virados para nós
Mais uma vez o tempo está a nos engolir
As horas não parecem estar ao nosso favor
Não sabemos oque tudo isso
Realmente importa para nós
Mas parece não fazer diferença
Indo e vindo
Assim como esperanças
Que vão e vem
Chegamos até a pensar
Que somos a cópia
De alguém que não conhecemos
Mas acho que essa parte...
...só diz respeito à mim
Nos encontramos em muitas palavras
Que em dia normal
Costumam não existir em nosso vocabulário
E a culpa é só nossa
Por este não ser extenso suficiente
E por não conhecê-las como deveriamos
Tornando-as cada vez mais
Longínquas e obsoletas
Bem como a simples vontade
De sonhar...de almejar
De dizer ou escrever
E quem sabe
Desistir daquele que não acredita.
terça-feira, 29 de janeiro de 2013
#60
O desafio muda a cada dia
E carregar nossas idéias
Torna-se bem mais complexo
Há quem possa crer
Mas também aqueles
Que pouco desejam saber ou entender
Que gritam ao seu redor
Que tiram seu foco
Que não acreditam
Afinal, vozes não sabem ouvir...
Elas são tão importantes
Que se ao menos soubessem
Se calariam por alguns minutos
E assim teriam grandes idéias
Como a de ganhar o mundo
De um jeito mais fácil
Não pela força
Nem pela sua altura
Mas com seu carisma
Ganhando sorrisos e felicidade
Mas ouvir a própria vontade
Mostra a falta de importância
Doada a cada um
Fazendo com que tudo
Permaneça em inércia
Em desânimo, sem esperanças
Acho que eu mesmo devo admitir
Que não consigo mais
Com as forças que me foram dadas
Só nos resta seguir em frente
Encarar oque ali está...
Tentar esquecer a dor das palavras
...é o início de mais um dia...
Não sabemos oque esperar
E não temos mais surpresas
Mas sabemos oque guardamos dentro de nós.
quarta-feira, 23 de janeiro de 2013
#59
É um início triste
De mais uma música
Que não conseguimos parar de ouvir
E que nos contamina aos poucos
Que não nos faz mal algum
Mas do contrário disso
Nos permite o auto conhecimento
Você enxerga o seu âmago
Como nunca imaginou
E descobre que oque tem ali
Coisas boas e ruins
Talvez por isso
A existência do medo,
Da descoberta adiada
Por existir o medo
De uma suposta mudança
Que ocorre todo segundo
Não por questão de mágoas
Pois tanto as doadas quantos as recebidas
Ensinam a viver cada vez mais
Mas por uma questão
De descoberta de capacidades
E de permissão a si mesmo
Afinal...o que somos nós
Tantas coisas boas e ruins
Que fica difícil de ouvir a própria voz
No meio de tantas outras
Chegamos à determinados lugares
Em que a desistência da audição
Nos vence por poucos pontos
Fazendo esquecer então
Cada minuto passado
Que só aquelas músicas
Sabem e podem nos levar
À esperanças...
segunda-feira, 21 de janeiro de 2013
#58
Poderia escrever qualquer palavra
Que magoasse ou lhe tirasse o sorriso
Mas isso acabaria por tirar também o meu
Aprendi que o teu sorriso
Só existe quando você ganha
Mas que tudo tem o seu tempo
Esteja na terra ou no mar
Dando ou não os seus ouvidos
O tempo tem tentado explicar-te
Quanto já foi vivido
Para que fosses tolo o suficiente
E não percebesse que existem espinhos a sua volta?
Muitos que te amavam
Saíram feridos pelas tuas palavras
E hoje preferem se afastar
Para que não se machuquem mais
Seus ouvidos cansaram de ouvir
O sim desistiu de aceitar
E o não, não quer mais disso
Há limites para tudo
Então permita-se quem quiser
Mas os meus ouvidos
Não deixam mais magoar o meu coração
Eles ja tentaram demais
Entender tudo aquilo
Que a lógica e a razão não enxergam
Tentaram entender
O que de fato dói
E por que só eu me importo
A questão é que aprendemos
A nos respeitar cada vez mais
Até percebermos que somos alguém
E que ninguém tem o direito
De destruír sonhos sejam de quem for
Pois também acredito
Que TODOS tem o direito
De serem felizes como bem quiserem
Eu não sei oque você fez
Com as chances que teve
Mas sei que você fez o seu caminho
E infeliz ou não
Com sucessos ou não
A sua vida foi você quem fez
...Jamais diga por simplesmente dizer
Ou respire somente por respirar
Apenas sorria quando existir felicidade
E mesmo que não seja a sua
Alegre-se com aqueles que a compartilha com você. ..
sexta-feira, 18 de janeiro de 2013
#57
O tempo voa...
E as palavras ditas
Parecem não envelhecer
Tendo valores como relíquias
Guardadas em nossas mentes
Divididas entre a mais dura razão
E sentimentos que o coração afirma
Sempre pensei que
Através de um conjunto de palavras
Pudéssemos ir mais longe
E descobri que podíamos ir à muitos lugares
Um jeito de sair deste plano
E encontrar tudo aquilo que se desejava
E jamais poderia...
É tão bom estar aqui
Esquecer do tempo
Das horas que passam por nós
Que só deixam histórias para contar
Lembrar oque cada música representa
O que cada poema significa
E o que cada palavra pode resumir
Letra após letra
Tudo funcionando como códigos
Que transformados em melodias
Tornam nossos dias bem interessantes
Não importando que seja um após outro
E oque as rotinas venham nos dizer
Afinal quem as permite somos nós
Donos de nossas incoerências
Das horas vividas e as vezes mal entendias
Por escolhas bem ou mal feitas
Então descanso em pensamentos...
Me deixando voar assim como o tempo
Sem me importar, ou procurar
Um caminho por onde devo ir
Mas com certezas que não me deixa enganar
terça-feira, 15 de janeiro de 2013
#56
Há um tempo atrás
Li que deveríamos
Abraçar os nossos sonhos
Ouvi dizerem por várias vezes
Que eu não deveria
Desistir daquilo que eu mais queria
E que deveria lutar
Não importava o quanto
Mas que eu deveria vencer
Por tantas vezes eu tentei
E por muitas tive êxito
Mas as glórias perderam o brilho
A maioria delas esquecidas
Guardadas em algum baú
Que com um pouco de esforço
Conseguimos encontrar e abrir
Pedia tanto aos céus
E esquecia-me de muito
Daquilo que tenho hoje
Sempre me perdendo
Pelas coisas que os olhos vêem
E logo passam a desejar
Sem qualquer controle
Como se estivessem famintos
Desejando tudo oque não deve
Sem controle do próprio ego
Com medo do interior
E me assustando com oque está aqui fora
Então me recolho à mim
E quanto mais vejo oque temos por dentro
Mais me assusto, mas não fujo
Passando lutar com o impossível
Mantendo um controle temporário, imperfeito, cego
Mas sem agredir oque está fora
Conseguindo alguns sorrisos
E fazendo destes
Os meus simples sonhos
Os quais não me canso de sonhar.
quarta-feira, 9 de janeiro de 2013
#55
Sem palavras para começar...
Apenas a decepção
Pelas meias palavras ditas
De forma pobre e infeliz
Poderia traduzir aquela voz
Num pouco daquilo
Que lembrava violação
Me parece tão fraco
Que não vale apena
Magoar-se com tão pouco
Tão pouco de mim...
Que viria a me entristecer
Caso este viesse a ser
Tudo aquilo que sou hoje
Ação que causa reação
Não deixando escolhas
Se não por um coração
Que bate e nos torna mais humanos
Que nos faz fortes
Para enfrentar dia após dia
O fardo de dormir e acordar
Sem saber oque a manhã guarda
Se sol, chuva, flores, tempestades
Sempre estaremos a espera
Mas nem sempre teremos
As respostas que procuramos
Sejam elas quais forem
Só nos resta esperar...
Para que faça sol ou chuva
Ou qualquer coisa que por fim
...nos traga respostas.
Poderíamos esperar
Que estas viessem sim
Dos olhos de alguém
Mas na maior parte do tempo
Estes mesmos olhos
Se fazem fechados
Mostrando a verdade
E que esta pouco importa
Se perdendo em silêncio
Nos mantendo inertes.
terça-feira, 8 de janeiro de 2013
#54
Existe um dom
Que fica adormecido
Bem no fundo de nós
Parece difícil dizer o que é
Mas também parece ser
Tão involuntário
Alguns usam e machucam
Outros trazem alegria
E outros mais
Tentam amar...
É inùtil fugir da vida
Que castiga e ensina
A nos defender
A ferir e ser ferido
Seja com classe ou simplesmente
Com ódio e muita fome
É um jogo apertado
Não há espertos ou certos
Para todo tempo
Um dia tudo se desfaz
E o pó volta ao pó
O que verdadeiramente
Nunca deixou de ser
Certas vezes
As nossas esperanças
Parecem tão fracas
Que chegam a partir
Nos deixando um adeus
E um grande buraco no chão
Então somos obrigados a recriá-la
Mantendo a crença
De que ao fim de tudo
Já teremos aprendido a viver
Não importa como.
segunda-feira, 7 de janeiro de 2013
#53
Ele disse bom dia!
Para a moça
Que mal sabia respirar
E que o esperava passar todos os dias
Para aquela pessoa
Que o olhava torto
Pensando que ele era um qualquer
Para aquele ser
Que o desprezava
Apenas por pensar que ele era um idiota
Ele disse bom dia
Simplesmente por dar bom dia
Mas também porque
Há um dia atrás
Ele queria ver sorrisos
E percebeu que tudo
Tinha um tom acinzentado
Sem aquilo que realmente nos faz diferentes
E com tudo aquilo que nos torna iguais
Não é egoísmo pensarmos em nós mesmos,
Porém, é tão doloroso
Quando sabemos que a nossa volta
Não há mais ninguém
De que não existe vida ou
Ar que possa ser renovado
Por um simples sorriso
Do qual eu mesmo
Não consigo viver
E por minha vez, não deixo de lembrar que
Um sorriso nos traz de volta a vida
Todos os dias
quinta-feira, 3 de janeiro de 2013
#52
Sim
Eram luzes que subiam ao céu
Sem qualquer ajuda sequer
E mesmo assim faziam nossa noite
Pés se acomodavam no chão
Enquanto alguns olhos cansados
Assistiam o melhor espetáculo acontecer
Uma mágica em 3D
Criada por olhos e mente
Sem se esconder do verdadeiro "eu"
Os céus e a terra
Pareciam se encontrar
Diante de muitos que admiravam
...E se apaixonavam...
A noite parecia ser de todos aqueles
Que tinham fé, e que tinham vida
Mesmo tendo uns mais que os outros
Tudo era repleto de calor
Que subia em forma de vapor
E se perdia para o sempre
E para o nada
Por um minuto, nós realmente parecíamos
Estar além e tudo e de todos
Mas inclusive de nós mesmos
Que outrora corríamos atrás de ventos
E acabávamos por nos perder
Em mundos que jamais gostaríamos
...Talvez os nossos...
Mas hoje amamos o fardo
Que nos trouxe ao início
De mais uma temporada da vida
Tão amada por esses olhos
Que cansados ou não,
Conseguem enxergar o sorriso daquele que ama
E que ama o tremor daquilo que sente
Pois seu coração ainda bate
E há de bater por muito...
Eram luzes que subiam ao céu
Sem qualquer ajuda sequer
E mesmo assim faziam nossa noite
Pés se acomodavam no chão
Enquanto alguns olhos cansados
Assistiam o melhor espetáculo acontecer
Uma mágica em 3D
Criada por olhos e mente
Sem se esconder do verdadeiro "eu"
Os céus e a terra
Pareciam se encontrar
Diante de muitos que admiravam
...E se apaixonavam...
A noite parecia ser de todos aqueles
Que tinham fé, e que tinham vida
Mesmo tendo uns mais que os outros
Tudo era repleto de calor
Que subia em forma de vapor
E se perdia para o sempre
E para o nada
Por um minuto, nós realmente parecíamos
Estar além e tudo e de todos
Mas inclusive de nós mesmos
Que outrora corríamos atrás de ventos
E acabávamos por nos perder
Em mundos que jamais gostaríamos
...Talvez os nossos...
Mas hoje amamos o fardo
Que nos trouxe ao início
De mais uma temporada da vida
Tão amada por esses olhos
Que cansados ou não,
Conseguem enxergar o sorriso daquele que ama
E que ama o tremor daquilo que sente
Pois seu coração ainda bate
E há de bater por muito...
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