sexta-feira, 7 de julho de 2017

#98

A vista embassa
O navio continua a navegar
Não nosso dever impedí-lo
O que temos a entender da vida
Eu deixo para o sentimento que resta
Seja no início ou no fim

Muitos ainda precisam iniciar
Outros iniciam diversas vezes
Eu . . . Diria que não me importo em viver
Parece que cansamos das mesmas  respostas
São tantos sentimentos sem caminhos
E muitos que tinham caminhos, respostas. . .
Preferem respirar
Talvez haja esta possibilidade
Seja no próprio sorriso ou no de outro alguém
Sem espelhos, sem filtros, sem máscaras

Sob a luz do sol ou da "lua"
Nada se mantém coberto para sempre
Nem mesmo nossas estrelas

Nos encontramos em uma corrida
Que quanto mais nos faz feliz
Mais nos faz correr
Mas para onde?
Para quem?
Quem somos hoje?
Nós apenas crescemos,
E já perdemos o suficiente de nós para não dar o outro lado de nossa face
. . .
O navio continua a navegar
E desta vez nem você
Nem ninguém pode impedir

#97

Eu sou o ódio que você desconhece. . .
Que não segue direção
E que não deseja conhecer
O correto nome do perdão que não recebi

Os pulmões que funcionavam
Através da fumaça ddaqueles dias
Ainda conseguem viver dessa forma

O correto mais do que nunca
Tende muito mais
ao erro que não se esquece

Cubra o seu maldito rosto. . .

Que amor é esse que te faz perder a voz, e que trás a beira de um precipício onde só você morre?

Ninguém te deseja máquina
Ninguém te deseja raiva
Ninguém te quer. . .

Com aquele ódio nos olhos

A beira do maior colapso
Ou perto do menor amor
Aquele que você sente por si mesmo

Este sim é o único que deveria crescer, mas não como um fruto
Já entregue ao tempo
Pois nem o tempo aceitou
Nem as criaturas.
Que "quanto a si"
Preferiu se esquecer