quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

#112

Reviro os lenções
Procuro seu perfume
E fecho meus olhos

Abro as portas
Perco os chão
Saio de mim

Encontro palavras
Invento um refrão
Te entrego essa confissão

Procuro por paz
Encontro somente na sua
Apenas sorrio

Não é timidez
O rosto junto ao seu
..................................

Desejo tudo
Desejo o mundo
Agarro o que posso

Será que devo?

Reviro as horas
Sinto o perfume
Estamos aqui

Fecho as portas
Continuo no chão
Nada é real

Me encontro ao espelho
Ouço minha voz
Repouso em paz

Descanso em palavras

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

#111

E quem roubou de nossos olhos
A luz que iluminava nossas mais secretas ideias?

Quem seria tão sagaz quanto o amor para que pudesse roubar de nós
Todo pouco que um dia tivemos?

Os céus não parecem querer nos dar
O pouco mais daquele perdão que nos afaga toda noite

Quão preciosa era essa luz que até então
Caia sobre nossos corpos e nos trazia sanidade

Fazia de nossa loucura
A mais comum entre o amar e o simples viver

Não quero a paz que me tira o amor
Imagine o furor do não amar!?
A paz fugaz de não amar

O ódio que me tome!

E que toda mentira se torne verdade e que todo ódio passe portão a fora, atingindo a tudo e a todos

Pois acho que nenhum de nós
Prefere mais a sanidade e aquela paz de mentira

Então, por favor
Não se esqueça de devolver
A luz que chamo de amor.

quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

#110

Esse sangue ao seu redor
Os cacos no chão
Seu eterno jardim secreto

Apenas alguns minutos para perder em sua paz, tudo aquilo que me descreve, além de todo sentido que me compete

Engraçado
Algumas essas perguntas deveriam ter respostas e deveriam nos salvar

Inconfundível incontrolável

Do imperfeito e inesperado pouco que não se tem
Ao nada que não se deixa partir

Ok, eu refaço minhas preces

A razão se torna tão ideal
Quanto o solo que se encontra sob nossas cabeças

E as respostas
Que deveriam nos salvar novamente acabam por se  perder

As perguntas que se mantinham
Naquelas velhas páginas
Se trancam em linhas mais que perfeitas

Sobre mim.


quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

#109

Sigo em minha nuvem de ideias distantes e irreais
Ideais. . . Surreais

Procuro pelo simples
Que traga o sabor ideal
Necessário para seguir pelas veredas imaginárias

Procuro a imperfeição
Que clareia o além
Seja dos limites ou de nós

Oque realmente somos

Alma que não nos deixa cair
Que nos faz voar dentro de si
Dentro da caixa . . . raízes

Imperfeição traduzida em vozes
Que não passam da estúpida auto crítica

Não vejo essas armas em suas mãos
E acredite em mim
O fardo de minhas defesas eu já não possuo mais

Pois tudo faz pesar
Seja a consciência
Ou até mesmo os próprios lombos

Que só querem descansar

Em paz
Sem fardos
Sem vozes



quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

#108

Levante-se

Não se culpe caso esse amor
tenha escorregado de suas mãos
E acidentalmente quebrou

Remonte e reviva
ou simplesmente siga naquela direção
Afinal, você sabe onde deve ir

Quantas vezes esse amor se quebrou
E quantas vezes você se levantou
Você ainda lembra?

Seus olhos se perdem
Mas não pelo que quebrou
e sim por aquilo que já não tem certeza

Amor

Não tema o novo tema
Sorria novamente, pois seu mundo
só depende de você

As flores que crescem
Os sorrisos que voltam
As cores a sua volta

E assim tudo se mantém vivo

Sem maiores explicações
Ou com maiores segredos
Os sorrisos simplesmente reaparecem

E aquele amor que veio de encontro ao chão e fez seu dia um pouco menos

Talvez não importará mais.

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

#107

Estique seus braços

Toque quantas estrelas puder
Antes mesmo que elas digam adeus
E lhe esqueçam

Eu nunca soube oque elas tinham a dizer
Logo, me atenho observar seu fluxo
Que vai seguindo rio abaixo

Sempre dispostas a seguir naquela direção
Encontrando seus limites fora de si
E entregando sorrisos

Obrigado

Talvez eu não precise saber, entender e morrer
Mas porque não me perder meio a esse fluxo?

E se esse rio pudesse parar

Só por alguns minutos
E quem sabe poder alcançar
Através de estúpidas canções de ninar. . .

Aquela paz que só consigo encontrar
Dentro desses olhos castanhos

Continuo seguindo o fluxo
Esse sentido, nesse tom
Bem devagar

No caminho destes olhos castanhos.