quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

#111

E quem roubou de nossos olhos
A luz que iluminava nossas mais secretas ideias?

Quem seria tão sagaz quanto o amor para que pudesse roubar de nós
Todo pouco que um dia tivemos?

Os céus não parecem querer nos dar
O pouco mais daquele perdão que nos afaga toda noite

Quão preciosa era essa luz que até então
Caia sobre nossos corpos e nos trazia sanidade

Fazia de nossa loucura
A mais comum entre o amar e o simples viver

Não quero a paz que me tira o amor
Imagine o furor do não amar!?
A paz fugaz de não amar

O ódio que me tome!

E que toda mentira se torne verdade e que todo ódio passe portão a fora, atingindo a tudo e a todos

Pois acho que nenhum de nós
Prefere mais a sanidade e aquela paz de mentira

Então, por favor
Não se esqueça de devolver
A luz que chamo de amor.

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