quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

#51

Há de haver...

Encontro miragens por todo canto
Luto contra vozes que so eu entendo
Caio em tentações que crio

Olho na mesma direção
Me perco meio as multidões
E encaro sempre os mesmos olhos

Fujo daquilo que amo
E me distraio com simples cores
Termino a me encontrar em um  dos meus mundos

Caindo...caindo...caindo

Não há retidão de pensamentos
Ou direção nas poucas palavras
Escritas ou proferidas a alguém

Não há fulga de ser você
Não há olhos que não querem ver
E corações que queiram parar de bater

Apenas a sinceridade em ser o mesmo

Mesmo torto ou sujo
Sem ter onde cair ou me esconder
A minha face sempre estará amostra

E a tapa, porque errar e tão humano

Falo e escuto demais
Há hora para tudo debaixo dos céus
Assim como o direito de ir e vir

Assim como lágrimas
Que não se seguram nos olhos
Ou mais palavras que escapam de nossa boca

Não há como mudar aquilo que somos
Ou esquecer o que passou
...deixar de viver uma vida

Não há como deixar de ser você
Ou perder a essência que se tem
Mesmo com o passar do tempo

E este só nos desgasta

Sem dizer o porque
Sem dizer para onde vai ou para onde leva aquilo que há em nós

Sem pedir licensa
Sem pedir desculpas
Sem exitar

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

#50

Ainda hoje...

Eu posso olhar para o horizonte
E lembrar de pensamentos que
Encontravam-se perdidos nas nuvens de algum céu

Algumas estrelas perdidas
Contam histórias que antes
Eu mesmo fazia questão de contar

Mas parece que aquele brilho morreu

Sinto-me como se contasse
Mentiras ao vento
Ou como se assobiasse sem propósito

Parece que caminhar fez parte
Da vida de alguém que talvez
Não queira conhecê-la

Mas não há quem possa julgar

Afinal o que seria de um mundo
Onde todos possuem a mesma opinião
Ou compartilham do mesmo amor

Não passariam de algumas mentiras mais,
Contadas ao vento e a nós
Por nós e a outros

Que não fazem questão de viver
Conforme manda o roteiro
Mas sim conforme  a própria mente

E não que seja algo ruim, mas...

Mentiras ou não
Cabe a cada um reparar
Nos próprios olhos

E não esquecer ainda as palavras
Que chegam aos corações
Não importam quais sejam

Elas acendem ou apagam alguém...




domingo, 23 de dezembro de 2012

#49


Há quem possa andar por ai
Sem um caminho correto
E com um bocado de sonhos nas mãos

O ar,
Pode parecer encher
Os pulmões deste velho homem

Que não quer saber
A diferença no "NÃO"
Ou na retidão

Pagão ou não
Que diferença faz?
Pois nem sempre

Há de haver importância no perdão

Para alguns, o mundo é tão pequeno
Que as margens dos rios
Por pouco não se tocam,
Por pouco não se machucam

Talvez haja quem prove o contrário

Aqueles que realmente
Não se esquecem
Que todos aqui

São feitos de carne e osso
Com coração e calor
E que põe um pouco de si

Naquilo que faz
Naquilo que vê
Em tudo que respeita.

Que põe um pouco daquilo
Que realmente importa
Sem medo de gastar ou de perder

Afinal...
Não há amor gasto
Que não trate de se recriar

De se inventar
De se doar...






sexta-feira, 30 de novembro de 2012

#48

Peças...

Não existem peças perdidas
Não existem peças sem sentido
Mas estas espalhadas

Por falta daquilo que nos falta
E que não se entende
Por ser tão grande e sem sentido

Às vezes chega a nos engolir

Algumas coisas
Não precisam de nome
Mas de um pouco mais
De nossa atenção

Sem maiores explicações

Não precisamos fingir a liberdade
Mas fingir sorrisos,
Torna-se tão inevitável
Quanto quebrar nossas próprias correntes

Triste liberdade
Esta que nos frustra
Que nos faz iludidos
Por nós mesmos

Falsa como ventos
Que não nos impulsiona,
Mas nos chacoalha

E não nos traz bem algum

Ou estaria enganado?

Verdades desvendam verdades
E por sua vez, caminhos
Por onde podemos fugir

Reencontrar o que foi
Perdido ou roubado
Durante toda a vida

Quem sabe ate
Encontrar sonhos,
Desejos, e com um pouco de sorte
Direção.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

#47

Pois...

Acho que não há limites
Para aquilo que existe
Dentro daquele mundo

Debaixo daquele teto

Podemos inventar o que quisermos
E desta vez,
Nenhuma tristeza será convidada

Enquanto sonhar nos fizer bem
Faça apenas um sinal
E eu inventarei outros sonhos para nós

Tanto nos pode acontecer

Estando abertos ou não
A vida permanece sendo
Uma enorme caixa de surpresas

Queira ou não
Goste ou não
Ame o ame

Pois é a única coisa
Que com toda certeza
Não podem arrancar de nós

Sejam mágicos ou feiticeiros
Ou só alguém que não acredita
Em meras bobagens

Afinal,
O que seria da fé se Deus não estivesse bem ali?

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

#46

No limite de nossas vozes

Até onde puder chegar
Para que não se importe,
Caso venha se perder

O céu não é o limite
E afinal, de qual deles
Ousaríamos dizer?

Parece estar tão longe
Esta liberdade com a qual
Sonhamos e inventamos

Já dizia eu
"Pobres pássaros"

Pois voam,
Mas por todas as vezes
Voltam ao solo

Como num momento único
De fechar os olhos
Ou no abrir dos braços

Encontrando a perfeição do alto
Esquecendo o solo que nos segura
Abandonando o que para nós
Não faz diferença

Que bom que nossas dores
Não alcançam os céus
E não tocam nossas asas

Pois se acontecesse...

Nossos olhos se abririam
E nossas asas se fechariam
Nos deixando a deriva.

Descendo...descendo...

Descendo.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

#45

Sejam os céus
Cheios de graça e formosura
Cheios de nuvens e doçura

Como aquilo que sentimos
E desde o início acreditamos
Dando os nosso votos

Há quem possa nos enganar?

Os trilhos seguem na mesma direção
E os rabiscos no chão só afirmam
Pois são todos nossos

Olhos preciosos
Que hão de me olhar todas as manhã
E me dizem claramente

Que não há amor tão lindo quanto o nosso

Para que fique claro
Tudo isso vai além de um sonho
Com todas as coisas que sempre quis

E como pensamentos...

O perfume daquilo que sempre pintei
Com características que só os sonhos conhecem
Com olhares que eu sempre desejei

Trazendo a mim a certeza
De que Deus sempre esteve por aqui
E de que o mesmo nunca...

Nunca se esqueceu de nós


terça-feira, 25 de setembro de 2012

#44

Sementes não nascem em pedras...

Quem sois vós
Para que apague sem piedade
Os sonhos daqueles que sonham?

Que vontade é essa
Que dizima a diferença
Só por ela não ser igual?

Que desejo é esse de defender
Fazendo com que o outro,
Não veja mais a luz do sol ou
O belo brilho das estrelas?

Quanto egoísmo...

Que parece com suor que escapa de você
Mas que por sua vez...
Só lhe fazem bem

Ah, se você soubesse
Como as palavras
Sejam grandes, sejam pequenas

Ainda me tiram a vida...

O amor não é feito de egoísmo
O amor não é amigo do ódio
O amor...

É  a convicção de que o outro
Voltará mais e mais vezes
Somente para mostrar-se
E amar...

Como aqueles que vivem
E por si só
Respiram o bem que aprenderam

Assim como lhe foi ensinado

Mas se por acaso do acaso
Estas palavras forem meras mentiras
Ou apenas escritas em vão

Acredito eu
Que não existe um por que
Para amar ou ser amado.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

#43

A música acabou de começar

Agora faça silêncio
E simplesmente, me deixe descansar
Pensar um pouco

Não há como sintonizar-me agora...

Há muito barulho a nossa volta
Muito desperdício fugindo de nós
E o foco se perde

Não deveriam existir tais momentos...

Palavras as vezes escapam
Assim como olhares e pensamentos
E mais que isso...causam dor...

Não existe um porque

Mas se sim
Eu juro que jamais procurarei
Tais acidentes inúteis

Assim como arranhões
Mas prefiro acreditar
Que não precisamos deles

...ao menos para sempre...

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

#42

 Difícil...

Mas tente equilibrar os pensamentos
E manter estável sua fé
Voe se por ventura conseguir

Esqueça por um segundo
O chão debaixo dos seus pés
Torne o seu mundo inabitável

Fique longe das cinzas
Finalmente respire vida
Longe daquilo que você criou

E mantenha-se subindo...

Encontre-se no azul ou no verde
Ou quem sabe, desta vez
Permaneça flexível

Há tanto dentro de nós
Que mal sabemos como começar
E as vezes como continuar

Respirar não é uma opção
Talvez sorrir sim, mas chorar
Algumas horas torna-se inevitável

E aquele espelho
Se quebra...

E então, começamos novamente.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

#41

Acho que foi ontem...

O mundo girava tão devagar
Com seus altos e baixos
Com suas grandes ondas a nos assustar

Que pulávamos muros
Altos e bem planejados
Com seus espinhos pontiagudos

Mas esses perigos
Só nos levavam a tentar
Até aprendermos a viver

Mas com o tempo
Parece que desaprendemos...

A paciência se esvai
Os sorrisos amadurecem
Aprendemos ser "flexíveis"

E o verdadeiro significado das lágrimas...

Viver e morrer
Se torna algo cada vez mais simples
Como o abrir e fechar dos olhos

Mas nos permitimos...

E terminamos por aprender mais
Quem sabe, até aprender a ser pacientes novamente
Pulando muros ou subindo em árvores

Assim como no início...




segunda-feira, 6 de agosto de 2012

#40


Adeus

Para aquela borboleta que voa livre
Pois não quero mais me importar
Com estas belas asas a bater
Mesmo sendo tão apaixonantes

Hora de abrir as mãos
Para que nossos dias sejam melhores
Para que tais asas saibam encontrar a liberdade

Nossa liberdade...

Acordes, notas e um pouco de paz
Para esta pobre alma que deseja felicidade
E uma certa suavidade no viver

Ver coisas que só nós vemos
E esperar que outros
Sejam atentos ou sensiveis

Ler, ouvir e não compreender...

Pois amores estão a deríva
O ar não tem mais importância
E os meus sorrisos sem os seus
Só perdem o brilho

Talvez...

Por deixar ser livre
E por tal liberdade tirar meus ânimos
E por sua vez a minha paz

Mas só são pensamentos
Que vão e vem
E que dizem ao meu respeito

Ao nosso...

De outros...

Seu...

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

#39


Essa noite...

Os seus olhos me disseram
Com tamanha sinceridade
Que o amor está além daquilo que podemos

Vejo que nossas vidas
Carregam a grande responsabilidade
Que é a de nos fazer  felizes

E quem disse que a culpa seria nossa
Por amarmos demais um ao outro
E logo desejar a felicidade

O que mais poderia querer da vida
Se não estar ao lado da pessoa
Daqueles sonhos que por muitas vezes

Se repetiam e se repetiam...

Quem pode explicar
A felicidade que nos toma
Quando o amor diz mais alto
Seja aos ouvidos ou corações?

Quem pode se atrever a entender
A felicidade a se mostrar
Nua e viva aos olhos de quem crê?

E por que se conter
Quando isso já é real em nossas vidas

Prefiro sorrir
E ser feliz com o perfume dos seus cabelos
A pensar que pode dar errado

Afinal...

A quem preciso ouvir
Se não meu coração
E a verdadeira vontade de estar aqui

Bem ao seu lado?

segunda-feira, 30 de julho de 2012

#38

Seria perfeito...

Se eu pudesse passar
O resto dos meus dias
Ao seu lado

Sem me lembrar do tempo
Ou do mundo a nossa volta
Perssistente a nos tentar

Lhe ver dormir 
Ouvir dizer sobre seu amor
E quem sabe
Acordar com a luz nos seus olhos

Olhos quase abertos...

Sentir o perfume dos seus cabelos
Perfeito aroma que me leva as alturas
E me fazem cair levemente

Cair em braços de felicidade
Ou  num lugar qualquer
Que se bem traduzido
Acaba por se tornar nosso

Apenas meu e seu.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

#37

Algumas dores não passam com o passar dos anos
E algumas vezes se faz necessário ler nos olhos
Aquilo que os lábios já não podem mais

Ler sentimentos guardados ou expostos
Ler sorrisos ou lágrimas

...o céu ou inferno...

Nada é perfeito, se não
A louca vontade de ser.

Forças nos levam tão longe
Seja pela dor ou pelo amor

Nada é perfeito...
Nem a vontade de ser

Que nos limmita a ser quem somos
Ou simplesmente inibe
Aquilo que realmente somos

Palavras e mais palavras
Que escondemos atrás de nossos ouvidos
Apenas para não ouvir

Assim como tais sentimentos
Que vagam por baixo de nossos narizes
Mas que somos incapazes de tomá-los para si

Apenas pela covardia do hoje ou amanhã
Ou do egoísta "eu maior"
Que implora uma chance de felicidade

Que guardada está...

E que perde sua essência
Bem assim como nós
Que só sabemos pedir perdão.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

#36

Correr

Para encontrar paz
Distante de tudo
Mais ainda, longe de todos

Encontrar o único eu interior
Longe da fumaça
A qual já cansei de respirar

Onde cansei de procurar...

Atrás de janelas e portas
As quais nada escondem
Muito menos a paz que procuro

Talvez algo que já temos
Ou no mínimo o que já vimos
Mas não o que queremos

Ajuda

À um cego que procura
Entre estrelas e constelações
A única coisa que ele deseja

Enxergar...

Seja a verdade ou a mentira
O fracasso ou a glória
O eu ou o eu

Ou quem sabe...

Você.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

#35


Juras de amor

Que a cada dia
Se tornam mais intensas
E saem dos dedos ou dos lábios
Daquele que exala amor

Que fluem com naturalidade
E não se perdem em outros lugares
Senão em corações

...aqui ou nas estrelas...


Onde não há ondas que as segurem
Ou ventos que as derrube
Onde nao ha olhos que nos vejam
senão os Divinos que nos guardam

...como te amo...

Por aquilo que somos
E por tudo em que acredito
Que possamos ser

Por cada gesto feito
Palavras escritas e corrigidas
Por seu amor que me faz sorrir

...você me faz tão bem...

Mesmo sem saber
Sendo só quem você é
Domindo e acordando
Indo e vindo

Com o perfume sem igual
Com uma voz que eu adoro ouvir
Com olhos nos quais adoro me perder

E como eu adoro...

Jurar o meu amor
Só à você e à você.


quarta-feira, 20 de junho de 2012

#34

São apenas escolhas...

Feitas com sentimentos
E com total falta de razão
Deixando a marca do erro

Erro que corróe
Que mata aquele que sabe ouvir
Que tira a razão do correto

Que faz ossos racharem
E corações grandes e fortes
Se tornarem pequenos e frágeis

Fragmentos...

Que formam um ser diferente
Que perde sua vontade de ouvir
E para que não falhe,
Deixa de falar

Já não precisa se defender
Pois cada um de nós já esta formado
Por cada erro ou não cometido

E caso este se arrependa...
Ele precisa se pedir...
Perdão...

Não importam as vozes lá fora
Elas não são as minhas
E as dela eu deixo em um baú

Baú de sonhos, esperança
Um pouco de dor, mas aprendizado
E no fim...

Felicidade.

domingo, 17 de junho de 2012

#33


E me pergunto
Se é tudo isso apenas um sonho
Ou se tudo que dizes é real

Me questiono com tais palavras
Que me fazem ir além
E mais que isso
Me faz esquecer tudo a nossa volta

Mais que sonhos, muito mais que desejos

Tudo aquilo que não passavam
De conversas e medos
Lágrimas e dor
Hoje vem se transformando em luzes

Nós, por vezes mal dados pelo destino
Frases que nunca passaram da garganta
Olhares que antes se calavam

Hoje estão todos livres
Para serem o que são
Sem medo ou correntes para que os segurem

Com razão ou sem nenhuma dela

Tudo aquilo que se traduz
Naquilo que o homem mais teme
E ao mesmo tempo deseja

E por que não...

Amor.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

#32

O tempo tem a cor de cinzas

O cheiro de jardim podado
O ar nos parece leve
Mas só para aqueles que sabem desejar

A chuva vem chegando de longe
Mas o sábio afirma que não
E continua com sua cabeça abaixada
Tentando manter seu conhecimento

Pobre coitado!
Tal ignorância lhe traz evasão

Quem se importa?

O tempo continua seu percurso
A maturidade é confundida com
a ignorância dos anos

Já não importam todas suas palavras
Mas a boa música aos nossos ouvidos
Dando a liberdade para sorrir e chorar
E lembrar de todos bons momentos

Bem quando as sementes ainda brotavam
E nenhuma folha necessitava de aparo
Nenhuma delas caía

Eis que a primeira dá o sinal

É chegado o outono fora de hora
Sem controle, sem se ver, sem pudor
Deixando sua marca

Da cor de cinzas...

quarta-feira, 30 de maio de 2012

#31

Oque pode nos calar

Oque ou quem poderá tirar de nós
Cada palavra a ser dita
Ou a mesma que se guarda

A garganta fica seca
O coração apertado
O suor persiste em descer
E junto a este

Uma lágrima que passa despercebida

O corpo se esquiva
Para conseguir se expressar
Cada vez mais e melhor
Com rapidez e perfeição

Uma imensidão de lama
Tenta por sua vez nos segurar
Abalar paredes que se racham
Com o decorrer do tempo

Mas que permanecem firmes a cada investida
A cada prova...

Quem pode nos parar
Se não a nossa vontade
De cair?

Portanto
Fuja, respire, caminhe
Vá além, pois só você
Tem o direito de se guiar

E por sua vez, se calar

domingo, 13 de maio de 2012

#30


Que então seja...

Prefiro não ouvir
O que o hoje tem a me dizer
E por isso me mantenho desligado

Sem querer ouvir voz alguma
Sem querer ouvir palavras
Sejam de dor, de rancor
E quem sabe de amor

Pois hoje já me bastam as dores
Que carrego todos dias
Erros, pecados, mentiras...
Fardos

Coisas que me diminuem
Coisas pelas quais me julgo
E termino por me odiar

Volto aos meus 17 anos...

Entre duas paredes
Onde me mantenho em silêncio absoluto
Onde as palavras me entedem e me ensinam
Onde a respiração me traz paz

A mesma que já desconheço
Ou já não faço questão
Por estar tão distante
De tudo e de todos

Hoje...
Amanhã...
E depois...

Cada vez mais
Prefiro deixar de entender
Seja lá o que for...



quarta-feira, 9 de maio de 2012

#29

Talvez...

Eu possa arriscar
Por que o céu é azul
Ou por que os corações batem

Por que não temos asas
Ou se quer algum dia
Aprenderemos a voar

Mas isso
Eu entrego aos sonhos...

Estar com os pés no chão
Sem medo de afundar
Ou com confiança nos céus

Mas existem coisas
Que não nos pertence mais

Deixar a vida ser levada
Não só por ondas de prazer
Mas por eternos sorrisos
Reais e responsáveis

Respirar tudo aquilo
Que os olhos não podem ver
E sonhar com aquilo que as mãos
Jamais tocarão

Quem se importa com o amanhã
Tendo em vista que este
Jamais chegará

Ao menos é o que dizem
E com o tempo
Eu apenas comecei a crer



E deixar o amanhã cuidar de si...




sexta-feira, 20 de abril de 2012

#28

As vezes o homem precisa de algumas palavras
Palavras estas
Que não nascem em árvores ou sequer
Brotam em nossos jardins

Outras vezes
O menino se sente sozinho, vazio
Desesjando encontrar alguma fenda
Por onde sua virtude se perde


Leões o encontram a cada dia
E mais do que nunca aquele menino
Precisa de um abraço
Daqueles que afagam e protegem

Que fazem o mundo girar...

Mas o menino não deveria estar aqui...


Onde foi a segurança daquelas nuvens
Que mais se pareciam travesseiros
Prontas para aparar nossas quedas
Ou ouvir nossas lamentações

Pois nem as estrelas
Tem tido segurança
A queda é livre, sem obstáculos
Sem mãos para segurá-las

Só olhos a admirarem a sua queda...

quinta-feira, 12 de abril de 2012

#27


Moro só...
Aqui escondido em minhas cavernas
Sem me mostrar para o que há lá fora

Não preciso que ninguém me veja
E tenho medo do que pode acontecer
Caso eu saia por aí, sem destino

Sou só mais um no meio da multidão

A chuva cai e acaba molhando a todos nós
Difícil fugir do que vem de cima
Inclusive dos pensamentos em minha cabeça

Pesados como bigornas
Não me deixam andar para onde quero
E não me deixam mover o mundo

Só mais um na multidão

Que quer ir além de palvras e frases
Que gosta do divino e profano
Que respira o ar que nos corroe

Que não quer ser mais um não multidão...

segunda-feira, 2 de abril de 2012

#26

Nestes dias
Eu só preciso ouvir sua voz
Longe do barulho dos ventos
E do mar

Sentir o perfume
Que me dá um sorriso diferente
A cada dia que se passa

Sentir o mundo girar...

O coração bate depressa
E as vezes tão lento
Que já não entendo
Se é bom ou mal

E o que preciso entender...

Prefiro estar desse jeito
Sem saber o que há de acontecer
E mais que isso

Permanecer assim...

Meio sem jeito
Sem mais palavras
E com meu sorriso estampado no rosto
Acreditando em tudo

E principalmente
Sempre...
Em nossos sorrisos...

sexta-feira, 23 de março de 2012

#25

Hoje pela manhã
Me perguntei se era pecado
Te amar desse jeito

Deixando que as estrelas me encontrem
Fazendo com que eu chegue aos céus
Bem assim, sem sair do chão

Sem sequer tirar um só dedo
Da superfície que me sustenta
Sem fugir do amor que segura

Sem fazer algum esforço para ser feliz
Sem notar os aviões ao meu redor
Ou o ruído dos carros...
Seriam ônibus?

As estrelas se recolhem
Mas o perfume do seu dançar permanece
Junto de fragmentos que me compõem

E agora já não me pergunto mais
Se é pecado ou se deixa de ser
Este enorme e residente amor
Mas seria pecado deixar de ser feliz?

E as respostas voltam
Se intimidam
E se esvaem com o tempo...

terça-feira, 13 de março de 2012

#24

Quem sabe...

Posso fechar os olhos
Descansar depois de tudo
Encontrar cada vez mais os seus braços
E finalmente aquilo que procurei

Viver esperando estrelas...

Creio que não preciso mais
Há algo bem maior que elas
Bem maior que os astros

Liberdade...

O que nos permite respirar
Que tira todo o sufoco do peito
A não ser por essa saudade que aperta.

Aquele peso...

Não existe mais
Um alívio maior surge
E finalmente é possível sentir alguma paz
E aquela fé que move montanhas

Retorna aquela velha casa
Chamada...

Eu.



terça-feira, 6 de março de 2012

#23

Mas...

De que adianta guardar o amor
Dentro de suas mãos
Sem que ninguém veja?

E sem que você viva...

E porque ter tal vocação
Se esta só se faz
Perdida entre nada e
No meio de todos?

Que existência é essa
Que faz das lágrimas ricas
Tão importantes
Dolorosas e cheias de graça...

Que doença é essa
Que nos torna tão perdidos
Que nos faz quebrar regras
E sentir tal aperto

E que pecado é esse
Que aprendi a chamar
Não mais...
Não menos...
De amor.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

#22

Bom dia

Para o dia mais belo
E mais belo por estar ao seu lado
Abrindo os meus olhos

Mais belo, pois posso sentir
O perfume da felicidade que se encontra bem aqui
Ao meu lado

Mais belo, pois vejo
Que esses olhos me trazem um bem
Que posso chamar de inigualável

É como ir e vir aos céus
Algo além da imaginação
Algo que me faz tão vivo

Dormir e acordar ao seu lado
É apenas um sonho que termina
Quando acordo

Mas um dia...

Quando esse amor de fato
Vier a se encontrar
Sem máculas, sem mágoas
Sem qualquer tempestade ao redor

Talvez...

Assim e só assim
Quando pudermos sentir paz e
Pudermos descansar de tudo isso
Um no peito do outro
Sem medo do amanhã

Eu possa sentir
Aquelas mesmas folhas
Pararem de cair...

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

#21

As folhas continuam a cair...

As palavras começaram a perder sentido
Elas deixaram de alcançar os céus
Eu, volto a sonhar

Queda livre...

As nuvens não são o limite
Mas a profundidade daquele lugar
Fica cada vez mais próximo

Mais uma vez...

O chão volta a rachar
E começa a sair debaixo de nossos pés
A gravidade torna a atacar
Sem pedir licença

Os olhos não conseguem mais dizer
E podem se tornar simples rochas
Sem vida, estáticos, mortos...

Mas o que há por trás disso
Se não aquele vento que faz tremer janelas
e portas que não param um só minuto

E...

Quantas vezes eu posso levantar
Em qualquer lugar
E estar de pé simplesmente por estar

O ar nunca pesou tanto
Não desse jeito
Não desta maneira

Onde acordarei amanhã...


quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

#20


Aurora

Eu vejo cores no céu
Cores nas quais não consigo explicar
Cores que formam seu rosto
E que me fazem bem

Mas que cores são essas
Que roubam a minha atenção?
Que me dão uma nova expressão
E que desvendam meus segredos

Vontades sem fim
Que não consigo explicar
Mas que levam a tantos lugares
Que tem o mesmo nome que o seu


Onde eu me perco
Onde eu me encontro
E por fim...me recomponho a cada noite

Por que não existem mãos melhores
Ou lugares e destinos que me façam tão
Distante do mundo...

Que me façam tão bem
Sem precisar desse ego
Ou de qualquer coisa...

Mas esses olhos...
Esse sorriso...
Essas mãos...

Destes sim eu faço toda questão
Pois já não fazem só parte de ti
Mas também de mim...

#19

Tem sido assim

Meio sem forças
Com sorrisos inexplicáveis
Sem travas que os segurem

A respiração aperta
A boca se enche de vontade
E as mãos não conseguem estar longe

O perfume não sai da memória
Suas manias ficam guardadas
Eu mantenho o silêncio

E sorrio...

Pois não há palavras que expliquem
Não há gestos se não olhares
E esses sim dizem exatamente...
Tudo aquilo do qual me coração está cheio

Quem precisa de lábios
Quando os meus olhos te dizem tudo
E me entregam a cada minuto...

#18


Quantas chances ainda temos para acertar
Querendo simplesmente ser correto e eficaz
Sem exceder nossos limites de erros

Quantos dedos ainda nos restam
Para que possamos contar sem medo
As vezes em que estivemos corretos

Mas quantas vezes...
Sem excedê-las, ou saturar seus ouvidos
Eu posso dizer que sinto o que sinto

E será que preciso explicar?

Pois cada palavra os meus olhos já dizem
E mesmo que eles tentem se calar
Ou até mesmo fazer o contrário...

...eles encontram o fim...

E se fechados estivessem
Não faria sentido algum
Pois estes só falam quando lhe vêem

E quando isso acontece

Eles lhe dizem o que não consigo
E o que tenho aprendido aos poucos
Eu deixo o coração ensinar a esses olhos
Através de você...

É...

Não...

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

#17


Do que mais você precisa

Amor...carinho?
Onde você costuma se perder?
Onde você costuma se encontrar?

Letras que fogem com seus suspiros
As palavras, criadas como desabrochar das rosas
De forma simples e sutil...

Os balões querem encontrar as nuvens
Os corações permanecem sedentos pela mesma palavra
O amor tenta alcançar a todos e até movem montanhas

Mas quem não quer se perder por aí
Entre nuvens e balões ao seu redor

Ou talvez...

Voar como pássaros...
Como "astronautas"...

São só corações perdidos querendo ser encontrados!

Talvez por você
Talvez por alguém
E por que não por mim?

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

#16

Um menino...

Com seus olhares perdidos
Sem qualquer destino
Com sorrisos que ultrapassam todas as barreiras
que podemos chamar de "seu mundo"

Menino cujo seu carinho
não possui tamanho
Cujo seus passos sem sentido
Permanecem na direção correta
E seus gestos e gemidos fazem todo sentido...

Tão alto, tão longe, tão perto...

O vento pode levá-lo a qualquer canto do mundo
Ele não se importa com olhares ou vozes a sua volta
Ele no final é só mais um...

Mais um que deseja ver as estrelas mais lindas
Aquelas que só podem ser vistas ao seu lado
Pois quando se está aí...
Elas dançam como nunca...

E por fim...explodem...