sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

#129

Longe da tua beleza
Longe daquilo que de forma alguma
Pode me curar

Longe do estrago que nao quero
E dos perfumes
Que malditos sejam

Me tiram da inércia 
Que costumo a chamar 
De paz que cultivei

Que vive a desmoronar

Seja sobre minha cabeça 
Ou de qualquer outro
Que nela confia

Toda criada sobre areias
Que se vão com vento
Sem qualquer destino

Ninguém sabe pra onde vão 
Assim como todo que só  achamos
Que é real. . . 

Guarde suas mentiras
E não as divida,
E por nada se divida

Guarde os pedaços 
E as ideias 
As suas raízes 

Mas as deixe crescer
Pra você e para seu eu
No momento eles importam

Talvez amanhã não 
Mas não terás dúvidas 
De quem . . . ?

Já não importa







domingo, 26 de janeiro de 2020

#128

Oque tanto queremos entender
Não passa do ar chegando
Bem aos nossos pulmões 

Sem mistérios ou jogos
Com transparência e sem venenos,
Se não os que bem escolhemos

A sensação do leveza e da queda
No mesmo sentimento 
Durante o simples abrir dos olhos

E continuamos sem saber dar nomes aos nossos pecados

Acredito que eles não tenham nomes
Muito menos cores ou formas
Mas o sabor fica na boca

No ar o perfume que não chamo de amor
Mas do valor do veneno
Pago em poucas palavras

Onde estão meus pilares quando mais preciso
Quando prevejo a queda
E quando sinto esse perfume?

Acho que é mais uma noite
De quimeras a festejar
E da livre queda meio ao eu

Que não desejo aos demônios 

Volte aos seus vôos 
Pra leveza das penas aos céus 
Mesmo que sejam seus

Mesmo que haja Sol todos os dias,
Ou que a chuva te molhe
E te deixe mais pesado

Voe. . .
Não importa pra onde

Voe.



quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

#127

Devaneios

Encontrados em cada esquina da vida
Em cada estrela roubada
Dos lugares que nunca fui

Mais parecem sonhos
Que prefiro chamar de
Distantes quimeras que mal  controlo

Vidros quebrados
E com um pouco de sorte
Apenas arranhões 

Que trazem a tona o sim e o não 
Mostrando cada vez mais
Novos arranhões 


Que não fiz


Não há nada diante daquelas nuvens
Que me faça acreditar
Que essa tempestade vai parar

Talvez os sorrisos
Sempre os sorrisos
Que estão  tão perto 

Que mal consegue-se ver
Que o desejo não consegue conter
A forma aleatória do ciclo 


Indo de encontro ao fim


Na direção dos loucos
Que não se contém 
E espalham por todo caminho seus DEVANEIOS

Não importa onde
Ainda se podem encontrar
De forma tão súbita 

Como seus novos arranhões .