sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

#129

Longe da tua beleza
Longe daquilo que de forma alguma
Pode me curar

Longe do estrago que nao quero
E dos perfumes
Que malditos sejam

Me tiram da inércia 
Que costumo a chamar 
De paz que cultivei

Que vive a desmoronar

Seja sobre minha cabeça 
Ou de qualquer outro
Que nela confia

Toda criada sobre areias
Que se vão com vento
Sem qualquer destino

Ninguém sabe pra onde vão 
Assim como todo que só  achamos
Que é real. . . 

Guarde suas mentiras
E não as divida,
E por nada se divida

Guarde os pedaços 
E as ideias 
As suas raízes 

Mas as deixe crescer
Pra você e para seu eu
No momento eles importam

Talvez amanhã não 
Mas não terás dúvidas 
De quem . . . ?

Já não importa







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