quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

#127

Devaneios

Encontrados em cada esquina da vida
Em cada estrela roubada
Dos lugares que nunca fui

Mais parecem sonhos
Que prefiro chamar de
Distantes quimeras que mal  controlo

Vidros quebrados
E com um pouco de sorte
Apenas arranhões 

Que trazem a tona o sim e o não 
Mostrando cada vez mais
Novos arranhões 


Que não fiz


Não há nada diante daquelas nuvens
Que me faça acreditar
Que essa tempestade vai parar

Talvez os sorrisos
Sempre os sorrisos
Que estão  tão perto 

Que mal consegue-se ver
Que o desejo não consegue conter
A forma aleatória do ciclo 


Indo de encontro ao fim


Na direção dos loucos
Que não se contém 
E espalham por todo caminho seus DEVANEIOS

Não importa onde
Ainda se podem encontrar
De forma tão súbita 

Como seus novos arranhões .








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