Brincando com palavras
Mas acho que não é para mim
Talvez você diga que sim,
Mas não vejo bem assim
Imagino que as palavras devem voar
Sempre soltas e livres
Felizes por assim estar
Pelos seus sons e formas
Conquistando do cego ao surdo
Do mudo ao leigo
Sem medo da simples existência
Tentar não por tentar
Mas por saber que sempre lá está
...Aqui, lá, acolá
Quem sabe num baú?
Tantas dessas ficam guardadas
Que mal sei como usá-las
Sorrisos, olhos, estrelas
Sempre estão à me guiar
Mesmo assim...
Parece que eu nunca chego...Aonde?
Lá naqueles adoradores
Adoradores de palavras perdidas
Que por alguns minutos
Esquecem que existem
Ou que ao menos fingem
Não morrer para si só
Pela dor desconhecida
Pela dor da ansiedade
E sempre pela dor de desejar
Pecados...
Pois contra nós
Os cometemos conscientemente
E por alguns minutos
De mera consciência
Nos entregamos uma vez mais
A palavras perdidas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário