Há um tempo atrás
Li que deveríamos
Abraçar os nossos sonhos
Ouvi dizerem por várias vezes
Que eu não deveria
Desistir daquilo que eu mais queria
E que deveria lutar
Não importava o quanto
Mas que eu deveria vencer
Por tantas vezes eu tentei
E por muitas tive êxito
Mas as glórias perderam o brilho
A maioria delas esquecidas
Guardadas em algum baú
Que com um pouco de esforço
Conseguimos encontrar e abrir
Pedia tanto aos céus
E esquecia-me de muito
Daquilo que tenho hoje
Sempre me perdendo
Pelas coisas que os olhos vêem
E logo passam a desejar
Sem qualquer controle
Como se estivessem famintos
Desejando tudo oque não deve
Sem controle do próprio ego
Com medo do interior
E me assustando com oque está aqui fora
Então me recolho à mim
E quanto mais vejo oque temos por dentro
Mais me assusto, mas não fujo
Passando lutar com o impossível
Mantendo um controle temporário, imperfeito, cego
Mas sem agredir oque está fora
Conseguindo alguns sorrisos
E fazendo destes
Os meus simples sonhos
Os quais não me canso de sonhar.
Realmente, um sonho, parabéns!
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