segunda-feira, 19 de junho de 2017

#95

Não há estrelas nos céus hoje
Ao menos para os olhos que chamo de meus

Me despeço das nuvens que o vento leva como de costume
Então me recordo novamente do adeus

Dolorido como o último

Sem sentido, perdido

Maldita melodia que não me deixa esquecer!

Ainda não estou cego o suficiente para ver aquele nuvem querer partir deste lugar

Ela luta contra suas forças
Contra o seu deuses e os demais
Só para sentir mais daquele perfume

Até partir sem que ninguém perceba
E o cego que por sua vez lutava
Para mantê-la ali

Já não tinha forças para se equilibrar
E a deixou partir como bem pode
Olhando-a se desfazer

Em pequenos fragmentos de nós




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