domingo, 13 de maio de 2012

#30


Que então seja...

Prefiro não ouvir
O que o hoje tem a me dizer
E por isso me mantenho desligado

Sem querer ouvir voz alguma
Sem querer ouvir palavras
Sejam de dor, de rancor
E quem sabe de amor

Pois hoje já me bastam as dores
Que carrego todos dias
Erros, pecados, mentiras...
Fardos

Coisas que me diminuem
Coisas pelas quais me julgo
E termino por me odiar

Volto aos meus 17 anos...

Entre duas paredes
Onde me mantenho em silêncio absoluto
Onde as palavras me entedem e me ensinam
Onde a respiração me traz paz

A mesma que já desconheço
Ou já não faço questão
Por estar tão distante
De tudo e de todos

Hoje...
Amanhã...
E depois...

Cada vez mais
Prefiro deixar de entender
Seja lá o que for...



2 comentários:

  1. De tudo o que eu já tinha lido de suas obras, nada havia me tocado tanto quanto o #30...ele é claro e ao mesmo tempo tão profundo que seja talvez, impossível, compreender a dimensão que ele representa...pelo menos pra mim rs.

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  2. Conflitante, intrigante, interessante, enigmático, LINDO...

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