sexta-feira, 1 de junho de 2012

#32

O tempo tem a cor de cinzas

O cheiro de jardim podado
O ar nos parece leve
Mas só para aqueles que sabem desejar

A chuva vem chegando de longe
Mas o sábio afirma que não
E continua com sua cabeça abaixada
Tentando manter seu conhecimento

Pobre coitado!
Tal ignorância lhe traz evasão

Quem se importa?

O tempo continua seu percurso
A maturidade é confundida com
a ignorância dos anos

Já não importam todas suas palavras
Mas a boa música aos nossos ouvidos
Dando a liberdade para sorrir e chorar
E lembrar de todos bons momentos

Bem quando as sementes ainda brotavam
E nenhuma folha necessitava de aparo
Nenhuma delas caía

Eis que a primeira dá o sinal

É chegado o outono fora de hora
Sem controle, sem se ver, sem pudor
Deixando sua marca

Da cor de cinzas...

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