segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

#115

Lá se vai

O carnaval da felicidade descoberta
Que descobre tristezas e deixa a felicidade em aberto

Como a sorte de uma roleta russa
Que nos acerta pela sorte do acaso
E nos desencaixa do quebra cabeças

E eu já perdi essa conta

De quantas vezes
Aquela arma nos teve em sua
Singela e doce mira

Vida após vida
Ossos por ossos
E ali estávamos uma vez mais

Sob a mesma chuva

De cores e confetes
Do bloco dos calados
Do amor desesperado

. . .do extremo que sois

Podíamos ouvir as gotas tocarem nossos corpos
Podíamos saborear o cinza do céu
E o doce das nuvens

Podíamos amar quantas vezes o mundo nos dissesse que não
Que ainda sim seria o mais perfeito carnaval

De vozes nas ruas
De fitas e foliões
Com o mesmo propósito de amar

Sob o mesmo céu acinzentado
Que ainda cai sob nossas cabeças e ombros

E lá se vai.

Nenhum comentário:

Postar um comentário