quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

#51

Há de haver...

Encontro miragens por todo canto
Luto contra vozes que so eu entendo
Caio em tentações que crio

Olho na mesma direção
Me perco meio as multidões
E encaro sempre os mesmos olhos

Fujo daquilo que amo
E me distraio com simples cores
Termino a me encontrar em um  dos meus mundos

Caindo...caindo...caindo

Não há retidão de pensamentos
Ou direção nas poucas palavras
Escritas ou proferidas a alguém

Não há fulga de ser você
Não há olhos que não querem ver
E corações que queiram parar de bater

Apenas a sinceridade em ser o mesmo

Mesmo torto ou sujo
Sem ter onde cair ou me esconder
A minha face sempre estará amostra

E a tapa, porque errar e tão humano

Falo e escuto demais
Há hora para tudo debaixo dos céus
Assim como o direito de ir e vir

Assim como lágrimas
Que não se seguram nos olhos
Ou mais palavras que escapam de nossa boca

Não há como mudar aquilo que somos
Ou esquecer o que passou
...deixar de viver uma vida

Não há como deixar de ser você
Ou perder a essência que se tem
Mesmo com o passar do tempo

E este só nos desgasta

Sem dizer o porque
Sem dizer para onde vai ou para onde leva aquilo que há em nós

Sem pedir licensa
Sem pedir desculpas
Sem exitar

Um comentário:

  1. O tempo não nos desgasta, ele nos aprimora e você é prova disso. Parabéns, está ótimo!

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