Há de haver...
Encontro miragens por todo canto
Luto contra vozes que so eu entendo
Caio em tentações que crio
Olho na mesma direção
Me perco meio as multidões
E encaro sempre os mesmos olhos
Fujo daquilo que amo
E me distraio com simples cores
Termino a me encontrar em um dos meus mundos
Caindo...caindo...caindo
Não há retidão de pensamentos
Ou direção nas poucas palavras
Escritas ou proferidas a alguém
Não há fulga de ser você
Não há olhos que não querem ver
E corações que queiram parar de bater
Apenas a sinceridade em ser o mesmo
Mesmo torto ou sujo
Sem ter onde cair ou me esconder
A minha face sempre estará amostra
E a tapa, porque errar e tão humano
Falo e escuto demais
Há hora para tudo debaixo dos céus
Assim como o direito de ir e vir
Assim como lágrimas
Que não se seguram nos olhos
Ou mais palavras que escapam de nossa boca
Não há como mudar aquilo que somos
Ou esquecer o que passou
...deixar de viver uma vida
Não há como deixar de ser você
Ou perder a essência que se tem
Mesmo com o passar do tempo
E este só nos desgasta
Sem dizer o porque
Sem dizer para onde vai ou para onde leva aquilo que há em nós
Sem pedir licensa
Sem pedir desculpas
Sem exitar
O tempo não nos desgasta, ele nos aprimora e você é prova disso. Parabéns, está ótimo!
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