Maldita onda
A onde que destrói oque vê
Dos desacordos aos mais lúcidos
Que nos carrega ao fundo de nós
E parte sem se despedir
Num só passo
De uma só vez
Nos deixam ao acaso
Ao esmo do medo
Sem qualquer sinal
Sem ar
Levante
E não importa onde esteja
Se invada e faça entender a si mesmo
No escuro da sua imensidão
Nos destroços sem explicação
No seu eu sem chão
E então mova-se
Não de volta, ao zero,
Mas na sua direção
A frente dos olhos vermelhos
Qua mal enxergam
Que se abrem e se despedem
Da sua imensidão
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