terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

#132

Concentro o ódio e o aperto
Nas palavras que apertam
E cada parte do corpo

O ar é escasso
E tenta -se aproveitar 
O pouco que resta

Janelas fechadas
Portas que não se abrem
O mundo fechado

Preso em suas mãos 

Sem amor pela solidão 
Seu amor pelo meu
Meu amor pelos céus 

E realizo a ideia
Que tudo não passa
Das pequenas coisas

Que não possuem
E não precisam de explicação 
Venha de onde for

Eu prefiro que nao cheguem em mim

Como balas perdidas
Que simplesmente 
Nos tem como alvos

Sufocados por esperar
Ansiosos pelo nada
Observando oque nos mata

Aleatório 
Cego
Sempre insípido 

E sempre um pouco mais
Perto do que imaginamos
Da falta de algo

Que não sabemos dar nomes
Que não sabemos a forma
Que chamamos de . . . 


Vontades

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