segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

#131

Gravidade

Que já não causa medo
Nem da queda e nem das leis
Que machucam a cada segundo mais

Quando se descobre
Que és  feito do traço mal feito
Imperfeito

É aí que passamos a enxergar
Que tudo a nossa volta
Não passa da mais pura imperfeição

Que alimenta dia após dia

O presente se repete
O amanhã  já não é interessante
O ontem se revira

Das marcas aos troféus
Os sorrisos querem sempre estar
Perto daquilo que não  foi

E quem não foi
Dá adeus
E dá espaço para o amanhã

Que nenhum peso tem

Apenas perceba que
A coragem no caminhar
Depende apenas do seu equilíbrio

E que nos falta apenas enxergar
Que sós como nós . . .
São todos esses que como vemos

Não conhecem tão bem
A tal ansiedade
O tal do desespero

A maldita gravidade







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