A quem quero enganar,
Se são meu ossos que doem?
A surdez ainda que sozinha
Dá voz a minha mudez
Expõe a minha nudez
A alma passeia ao meu redor
Ao passo que em apenas
Um piscar de olhos
Ela se afasta . . .
Há uma imensidão
Das coisas que amamos
Guardadas à léguas de nós
Em qualquer baú,
Enterrado em qualquer lugar
Ou garrafas perdidas ao mar
E seja lá oque encontrar
Seja isso parte de você
Para relembrar suas importancias
Seus detalhes em meros rabiscos
Dando vida
Nos matando
Nos movendo
Sejam pelos sorrisos
Sejam por palavras
Seja . . .
Por implesmente poder
Respirar sem pesar
Quem sabe o mesmo ar
Sem que estes mesmos ossos
Continuem a se quebrar
Por todo lugar
E me espalhar
cada vez mais.
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