Diárias e tão continuas
Quanto o ar que a gente respira
Textos em vão
Iniciados ao decorrer do dia
Apagados por falta de palavras
Percebi com o tempo
Que cada palavra escrita
Não me leva a lugar algum
Aqui eu estou
Aqui eu me encontro
Aqui eu me escondo
Não há movimento perfeito
Mas cada tentativa
Sopra tão forte como um tufão
Tente fugir para qualquer direção
E falhe miseravelmente
Em suas mais insanas plenitudes
Em seus imperfeitos movimentos
A linha de chegada
Tem o cheiro da largada
Mas ainda falta algo
Estamos recomeçando
De qualquer ponto
E desconhecemos o agora
Ou já não faz diferença
Se estamos ou não aqui
Se reinventando
Se queimamos ou não
Começar de novo
Sempre te faz sangrar
Ao menos. . .
As minhas mãos.
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