sexta-feira, 9 de agosto de 2024

#144

Entrego como sou

Da paz que possuo
Encho minha mão
E lhe entrego da melhor forma

Não me importa oque faz dela
Mas se eu pudesse
Desejaria que cuidasse como pode

Sem tais cobranças
Que rodam o todo
Sem as amarguras de todos os dias

Não é muita, mas é sua agora

Me entrego aos meus refúgios
Com oque me sobrou 
E a deixo crescer 

Olhando de longe
Sem que a arranhe
No mais leve olhar

Com ou sem sucesso
Cuido do que ainda se pode
E logo o coração se enche

E as mãos seguram novamente
A velha paz que em certeza
Jamais deveria ter partido

Seja qual for o destino
Ou se somente em pedaços
Que não se juntam

Mantenho entregando
Daquilo que minhas mãos
Estão cheias. . . 

E um pouco de paz.





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