sexta-feira, 9 de agosto de 2024

#145

Parecia tão perto de mim

Mas, mal o lápis caia das mãos
E logo começava a partir
E então, distância

A arte que havia aqui
Dizia adeus e com ela
Todo marasmo e murmúrios

As pontas gastas,
A mente esfumaçava
Ao longo das palavras que mais pareciam

Fantasmas iluminados

Que não me deixam,
E se tornaram companhia
Me presenteando com vazios

E lindas frases
Que preenchem sempre 
Um pouco mais daquele jarro

Às vezes pela metade
Outrora faz derramar,
Mas sempre. . .

 A preencher um pouco mais

E eu não sei lidar
Não sei mais como é
Não entendo se está cheio

Talvez pela metade
Nos momentos em que a vida
Não parece deixar ficar de pé

Ou quem sabe
Vazio a ponto de esquecer
As cores que usei.




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