Ele nunca existir
E talvez tenha eclodido
Antes de avistar qualquer luz
Os pensamentos em palavras
Somente veem a luz do sol
Pela sorte dos devaneios
E assim nasce e morre
O senhor escritor
O amante não das palavras
Mas do sentimento encruado
Pela falta da presença
Da vida que almeja respirar
A arte feita sob rascunhos
Em papéis de pão
Divididas por fases e estações
Onde estava esse tempo todo
Senhor escritor?
Onde estava sua arte
E quem sois vós para que se autodenomine como tal?
Não há máscaras
Mas incertezas e o não mérito
Pois não há algo que o faça merecer
São só as palavras perdidas
Que como o Senhor,
Também não deveriam ter nascido
Então, por favor
Mantenha-se onde está
Se esconda e não finja
Fique entre suas notas
Pequenas, curtas
Harmonicas
Perceptíveis só para ti
E me deixe de uma vez
Respirar sem seus pulmões
Acinzentados